sábado, 30 de abril de 2016

Comemoração do 25 de abril

No dia 26 de Abril, estiveram na Escola antigos combatentes da Guerra Colonial, que participaram numa atividade com alunos de História e Geografia de Portugal (HGP - 2.º Ciclo) e de História (3.º Ciclo).
Foi apresentado um filme, realizado pelos serviços do Exército, sobre a participação portuguesa na Guerra colonial e suas consequências. No final, os alunos colocaram questões, e os antigos combatentes deram o seu testemunho, também enquanto membros da Associação de Deficientes das Forças Armadas (ADFA).
A Escola agradeceu a sua presença levando-os a visitar as exposições patentes na Biblioteca Escolar (documentos - fotografias ) sobre a participação de elementos das famílias dos alunos na Guerra colonial, bem como sobre o 25 de Abril, na Imprensa e na Poesia, terminando a manhã com o almoço na Cantina Escolar.
Muito obrigados aos nossos heróis!

Fica o registo fotográfico

sexta-feira, 29 de abril de 2016

Concurso do Dia da Mãe-
“Eu e a minha mãe na biblioteca”


No próximo dia 1 de maio, comemora-se o Dia da Mãe. 
A Biblioteca Escolar resolveu lançar o concurso de poesia que iniciou a 29 de abril e se prolonga até ao próximo dia 9 de maio. O concurso destina-se a todos os alunos do Agrupamento de Escolas de Santa Cruz da Trapa desde a educação pré-escolar ao 3.º ciclo do ensino básico. O objetivo deste concurso é presentear todas as mães com poesias alusivas ao dia, desenvolver o gosto pela poesia e ilustração, e acima de tudo, trazer ao de cima a imaginação que mora em todos nós. Num misto de sentimentos e letras, pretendemos prolongar o Dia da Mãe ao longo do mês de maio. 

Participem!
A mãe 

é uma árvore 
e eu uma flor. 
A mãe 
tem olhos altos como estrelas. 
Os seus cabelos brilham 
como o sol. 
A mãe 
faz coisas mágicas: 
transforma farinha e ovos 
em bolos, 
linhas em camisolas, 
trabalho em dinheiro. 
A mãe 
tem mais força que o vento: 
carrega sacos e sacos 
do supermercado 
e ainda me carrega a mim. 
A mãe 
quando canta 
tem um pássaro na garganta. 
A mãe 
conhece o bem e o mal. 
Diz que é bem partir pinhões 
e partir copos é mal. 
Eu acho tudo igual. 
A mãe 
sabe para onde vão 
todos os autocarros, 
descobre as histórias que contam 
as letras dos livros. 
A mãe 
tem na barriga um ninho. 
É lá que guarda 
o meu irmãozinho. 
A mãe 
podia ser só minha. 
Mas tenho de a emprestar 
a tanta gente… 
A mãe 
à noite descasca batatas. 
Eu desenho caras nelas 
e a cara mais linda 
é da minha mãe.
Luísa Ducla Soares

Fonte: SOARES, Luísa Ducla, "Livro das datas", Porto, Civilização Editora,2009, 68 pág.




quinta-feira, 28 de abril de 2016

Dia da Mãe

Sabias que..


O Dia da Mãe foi oficialmente criado pela norte-americana Anna Jarvis, que perdeu a sua mãe em 1904. Mas a História deste dia começou muito antes, há mais de 2000 anos!

Anna Jarvis

As mais antigas celebrações do Dia da Mãe estão ligadas à comemoração do início da Primavera, na Grécia Antiga. Estes festejos eram em honra da Deusa Rhea, mulher de Cronos e mãe de todos os deuses desta cultura.

Por seu turno, em Roma, as festas comemorativas do Dia da Mãe eram dedicadas a Cibele, a mãe dos deuses romanos. O dia dedicado a esta deusa foi criado cerca de 250 anos antes do nascimento de Cristo.
Durante o século XVII, a Inglaterra celebrava no 4º Domingo da Quaresma (os 40 dias antes da Páscoa) um dia chamado "O Domingo da Mãe", dedicado a todas as mães inglesas. Nesta época, a maior parte da classe baixa inglesa trabalhava longe de casa e vivia com os patrões.
Assim, no Domingo da Mãe, os criados tinham um dia de folga e eram encorajados a regressar a casa e passar esse dia com a sua mãe.
Sabias que a primeira vez que se falou realmente num dia especial só para mães foi nos Estados Unidos em 1872?

Julia Ward Howe
Julia Ward Howe e algumas colegas uniram-se para lutar contra a guerra e, segundo elas, o Dia da Mãe seria um dia de paz
Só em 1904 é que a ideia começou a pôr-se em prática.
Quando a mãe morreu, Anna Jarvis começou a chamar a atenção das pessoas para a importância de um dia especialmente dedicado a todas as mães. Três anos depois, a 10 de Maio de 1907, conseguiu celebrar o primeiro Dia da Mãe.
Nesse dia, Anna Jarvis enviou à igreja onde estava a ser feitas as comemorações 500 cravos brancos. Estas flores deviam ser usadas por todos e simbolizavam todas as coisas boas da maternidade.
Ao longo dos anos esta senhora enviou mais de 10 mil cravos para a igreja:
- encarnados para as mães ainda vivas e
- brancos para as já desaparecidas.
Sabias que ainda hoje os cravos são mundialmente considerados os símbolos da pureza, força e resistência das mães?
O objetivo deste dia é dar mais atenção à importância das mães, pensar nelas, conversar, oferecer presentes e descobrir novas maneiras de lhes dar felicidade!
Em 1911, o Dia da Mãe foi celebrado em praticamente todos os Estados Unidos da América e, em 1914, o presidente declarou oficialmente e a nível nacional o 2º Domingo de Maio como o Dia da Mãe.
Hoje em dia, celebra-se o Dia da Mãe com pouco conhecimento de como tudo começou. No entanto, podemos identificar-nos com o respeito, o amor e a honra demonstrados por Anna Jarvis.
Apesar de cada país escolher datas diferentes ao longo do ano para festejar o Dia da Mãe, o objetivo é sempre o mesmo: homenagear aquela que nos põe no mundo!
Em Portugal, até há alguns anos atrás, o Dia da Mãe era comemorado a 8 de Dezembro. Sabias que este é o dia de Nossa Senhora da Conceição, ou seja, o dia de Nossa Senhora como mãe. Por isso foi escolhido este dia. 

Atualmente, em Portugal, o Dia da Mãe é comemorado no 1º Domingo de Maio!
(Inf.via junior.te)



Algumas sugestões para o Dia da Mãe


Título:Todas as Mães 
Autor: Raquel Pinheiro, Hugo Santos 
Editor: Vega 
Sinopse: 
Hugo Santos é sem dúvida alguma um dos maiores poetas da nossa actualidade. A sua vasta obra publicada neste domínio e os muitos prémios e distinções com que tem sido distinguido provam-no em absoluto. Escritos com rara sensibilidade e talento poético, os seus poemas tanto encantam adultos como as crianças. Depois do êxito assinalável de Eu, a Casa, os Bichos e Outras Coisas, livro que conquistou igualmente esses dois públicos e logo foi incluído no Plano Nacional de Leitura, surge agora este, Todas as Mães, que decerto irá ter o mesmo sucesso. Constituindo uma das mais belas elegias que até hoje se escreveram sobre a Mãe, todos os seus poemas se nos impõem pela beleza e transcendência da imagem e profundidade de pensamento. É todo um universo mágico de palavras, que nos prende e seduz do primeiro ao último verso, e que as belíssimas ilustrações de Raquel Pinheiro secundam da melhor forma.




Título: A Minha Mãe é a Melhor do Mundo
Autor: Maria João Lopo de Carvalho 
Editor: Oficina do Livro
Sinopse:
Plano Nacional de Leitura
Livro recomendado para o 2º ano de escolaridade, destinado a leitura autónoma.

Cansado da mãe que tem, e que muitas vezes não o deixa fazer o que quer, o Gil decide ir à Loja de Mães à procura de uma que lhe torne a vida mais fácil. Mas nenhuma Ihe agrada. De regresso a casa, o Gil não encontra a mãe, que, entretanto, foi à procura de outro filho. Como acabará esta história? Um conto divertido e sério ao mesmo tempo, que fará as crianças rir e pensar.








Título: Fernando Pessoa - o menino da sua mãe

Autor: Amélia Pinto Pais; ilustração de Rui Pedro Castro 
Editor: Areal Editores
Sinopse:
Tão jovem! Que jovem era!
(agora que idade tem?)
Filho único, a mãe lhe dera
Um nome e o mantivera:
«O menino da sua mãe.»

O "menino da sua mãe" embarcou na caravela da poesia e, qual marinheiro galgando temíveis ondas, fez-se Fernando Pessoa.
Que aventuras terá vivido dentro de si?
Em quantos eus se terá desdobrado?
Acompanha-o nesta viagem e vem descobrir as múltiplas faces de um poeta que sonhou ser maior do que Camões, um poeta do Mundo,

cujo génio não coube dentro das fronteiras do seu país. 


Título:Quando a Mãe Era Pequena
Autor: Joana Cabral 
Editor: Máquina de Voar
Sinopse:
Este livro é para todos. É um álbum ilustrado que fala sobre algumas diferenças entre gerações. Um tema que suscita sempre a curiosidade dos mais novos. As crianças adoram saber e os adultos adoram contar. Como era quando os pais eram pequeninos?
Aqui não há lugar para sermões nem se pretende dizer que dantes é que era bom e que agora o mundo está todo ao contrário. Nada disso. Mas o mundo era de facto diferente, sem microondas, computadores e telemóveis e sem DVDs e desenhos animados 24 horas por dia. Parece inacreditável mas era assim. A televisão a cores era um luxo, não tínhamos comandos e só existiam 2 canais.
Mas, por mais avançada que seja a tecnologia, há coisas que nunca mudam, como o amor entre pais e filhos. 

A Mãe e Eu
Sinopse
«No dia do nosso aniversário, depois de a Mãe ter feito os bolos, os pastéis e os pudins, ainda vai à porta receber, com um sorriso, todos os nossos amigos barulhentos.»
Ser santo é viver no mundo real e ir ao encontro das pessoas que Deus colocou no nosso caminho e amá-las.
Para muitos de nós, essas pessoas são a nossa própria família.









Título: Coração de Mãe
Autor(a): Isabel Minhós Martins e Bernardo Carvalho
Editora: Planeta Tangerina

"Coração de Mãe ". É especial?

Coração de Mãe propõe-se dar conta da especificidade da relação entre mãe e filho, explorando, a partir do ponto de vista da mãe – e do seu coração especial – diferentes reações e sentimentos em relação aos filhos. Retratando com fidelidade o ponto de vista maternal e afetuoso do coração materno, autora e ilustrador recriam as várias formas como a mãe interage com o filho. As ilustrações exploram a dimensão simbólica e metafórica que caracteriza o texto, recriando as várias situações propostas. De acordo com os autores, o coração da mãe distingue-se pelo facto de estar sempre em sintonia com o filho e com as cambiantes do seu comportamento. Com recurso a uma técnica muito simples, que explora os jogos de formas e de cores, o ilustrador procura criar cenas e cenários reconhecíveis, promovendo a identificação de mães e filhos, leitores que podem e devem partilhar a leitura de mais este álbum da Planeta Tangerina. 
Por: Ana Margarida Ramos




Mamã Maravilha

Sinopse
Na mesma colecção dos livros infantis Beijinhos, Beijinhos e Gosto de Ti, que têm registado um bom acolhimento junto das crianças e dos pais, Mamã Maravilha vem apresentar aos leitores de palmo e meio como podem ser descritas as mães, de acordo com o seu estado de espírito. Uma pequena criança, que assume o papel de narrador nesta breve história define os vários tipos de mães: mamã ternura, mamã flor, mamã maravilha, mamã aborrecimento, mamã surpresa, mamã guloseima, entre outras. Mais um livro encantador cartonado e almofadado que desta vez fará as maravilhas não só das crianças como certamente das suas mães.


A Minha Mãe
Sinopse
Plano Nacional de Leitura
Livro recomendado para o 1º ano de escolaridade, destinado a leitura autónoma.

O livro ideal para filhos, filhas… e especialmente mães. Livro cartonado, ilustrado a cores. Uma homenagem às mães num livro cheio de ternura. «A minha mãe podia ser bailarina ou astronauta, podia ser uma estrela de cinema ou uma grande empresária. Mas é a Minha mãe, que há-de gostar sempre de mim.»



Grávida no Coração
Sinopse
Plano Nacional de Leitura
Livro recomendado para Educação Pré-Escolar, destinado a leitura em voz alta.

Aqui está um livro que vai directo aos sentimentos das pessoas, com ilustrações muito sugestivas e que permite um diálogo intra-familiar que é essencial nos nossos dias. Daniel Sampaio 
- Mãe, se eu tivesse estado na tua barriga, gostavas mais de mim? 
(...) 
- Há muitas maneiras de ter filhos: na barriga, no coração… 
- Mãe, grávida no coração? O coração não tem filhos! 
- Tem sim, e foi lá que tu nasceste, é lá que estás a crescer e é onde vais ficar. Para qualquer lado aonde vá, levo-te sempre no meu coração .




quarta-feira, 27 de abril de 2016

terça-feira, 26 de abril de 2016

Educação Financeira ?!


O Caderno de Educação Financeira, para o 1.º ciclo do ensino básico, foi apresentado no dia 30 de outubro durante as comemorações do Dia da Formação Financeira 2015
Vale a pena conhecer este recurso. [Saber Mais]

domingo, 24 de abril de 2016

Ler+ para saber + sobre o 25 de Abril

Título: A Flor de Abril
Autor(a): Pedro Olavo Moes e Abigail Ascenso 


A "Flor da Liberdade" conta a história de um quadro pintado numa oficina iluminada por 37 anos de liberdade. Numa linguagem simples e escorreita, Pedro Olavo Simões explica aos mais novos como um cravo vermelho no cano de uma espingarda se fez símbolo da alvorada de um novo Portugal.

As belíssimas ilustrações de Abigail Ascenso e o relato, no qual se nota a formação jornalística do autor do texto, remetem-nos para o Portugal do início de 1974, pequenino país encolhido a um canto do mundo, como se estivesse de castigo. "O país vivia voltado de costas para fora".
No livro que foi apresentado sábado, 23 de Abril, às 16 horas, na FNAC de Santa Catarina, no Porto, Pedro Olavo Simões conta como um país pequeno, às  ordens de um homem que, mais do que reinar no mando, queria mandar no pensamento, se libertou do jugo sem disparar um tiro.
"A Flor de Abril" é "uma história da revolução dos cravos", em volta de Abril, que fala da Guerra do Ultramar, do homem que queria mandar sozinho, Salazar, e o que lhe seguiu e se rendeu, no Carmo, sem que um tiro fosse disparado, Marcelo Caetano.
Salgueiro Maia, Otelo e os Capitães de Abril, conta "A Flor da Liberdade", derrubaram a ditadura, mas foi o povo que saiu à rua e quem fez a revolução.
Sem o povo, que mais ordena, como se lê no livro e se ouve na Grândola Vila Morena recordada e explicada aos mais novos, a queda de Marcelo poderia não ter passado de um golpe de Estado, mas toda aquela gente que "não cabia em mil fotografias", consumou a revolução na rua assim que caiu o regime.
Saiu do povo a florista que cravou no cano de uma espingarda cinzenta um cravo vermelho, cor do sangue, contido durante a revolução, e apenas derramado na pidesca vingança de um punhado de agentes desesperados, que dispararam sobre o povo - quatro pessoas morreram e 45 ficaram feridas.
É essa flor, no cano dessa cinzenta espingarda que o pai de João imortaliza num quadro que pinta, carinhosamente, entre tantos outros.
É no descarnar desse símbolo, que o João, miúdo que terá ente os 8 a 12 anos, público preferencial mas não exclusivo da "Flor da Liberdade", fica a saber o que foi o 25 de Abril, como foi difícil aos portugueses aprenderem a caminhar com luz, após 48 anos na penumbra.
E também nessa flor da liberdade que o João fica a saber quanto vale um voto, que um dia o próprio terá a responsabilidade de levar a uma mesa eleitoral.
Texto de: Augusto Correia in, Jornal de Notícias


Título: História de uma Flor

Autor(a): Matilde Rosa Araújo

Este texto de Matilde Rosa Araújo, publicado em 1983 na colectânea A Velha do Bosque, é agora editado autonomamente pela Caminho, com soberbas ilustrações de João Fazenda. A obra merecia este tratamento pela qualidade do texto e pela temática seleccionada. A autora cruza a dimensão simbólica com a histórica, criando uma metáfora particularmente expressiva da libertação ocorrida em Portugal a seguir ao 25 de Abril. 
Por: Ana Margarida Ramos





Título: O 25 de Abril Contado às Crianças… E aos Outros
Autor(a): José Jorge Letria e João Abel Manta

Este livro, com ilustrações de João Abel Manta que reforçam o carácter documental da publicação, assume-se como um testemunho pessoal das memórias de Abril, sobrepondo-se, de forma consciente e voluntária, o factual ao ficcional, dando conta do significado simbólico da data e das consequências que teve para Portugal e para os portugueses, permitindo ao destinatário jovem tomar conhecimento de uma realidade aparentemente longínqua, mas crucial para a compreensão do momento actual. Nesta medida, são, sempre que possível, estabelecidas analogias com a realidade presente e com a vivência quotidiana do leitor, convidado a manter vivo o espírito de liberdade e de tolerância e os ideais da Revolução. Desde os antecedentes da Revolução, com especial destaque para a censura, para a emigração forçada dos jovens em resultado da pobreza e da opressão, para as perseguições políticas e para a guerra colonial, o autor percorre os momentos mais emblemáticos que caracterizaram este período.
De: Ana Margarida Ramos.

Título: Romance do 25 de Abril em prosa rimada e versificada
Autor(a): João Pedro Mésseder e Alex Gozblau

Revisitação poética da história do 25 de Abril de 1974, com particular relevo para os antecedentes da Revolução, recriando a vida em Portugal durante a vigência do Estado Novo, Romance do 25 de Abril, de João Pedro Mésseder, sublinha ainda as consequências trágicas desse longo período da História portuguesa contemporânea, como as perseguições políticas, a censura e a Guerra Colonial, entre outros aspectos. A opção pelo "romance", enquanto género da literatura tradicional, permite a valorização da memória e do cariz épico das história narrada, destinada a perdurar pela transmissão de geração em geração. Com ilustrações de Alex Gozblau, o livro ganha uma especial identidade, vendo sublinhada a dimensão referencial da narrativa através da representação iconográfica fiel das figuras cimeiras do Estado Novo. As ilustrações sugerem de forma particularmente intensa a transição entre a Ditadura e a Liberdade, servindo-se da variação cromática com evidentes intenções semânticas e pragmáticas. Vejam-se, como elementos claramente significativos do ponto de vista visual, a articulação entre a capa e a contracapa, assim como a leitura das guardas iniciais e finais, retomando alguns dos motivos simbólicos mais significativos da época revisitada.
Por: Ana Margarida Ramos 

Título: 7 x 25 Histórias da Liberdade
Autor(es): Margarida Fonseca Santos, Inês do Carmo (Ilustrador)

Explorando a metáfora da mudança no seio familiar com o nascimento de um bebé, este volume agrupa sete pequenas narrativas que, de forma original, dão voz a objectos inanimados, íntima e simbolicamente ligados à Revolução de Abril, ou ao tempo que a antecede. Percepcionados a partir de pontos de vista originais, alguns relativamente exíguos mas todos profundamente simbólicos, os acontecimentos da Revolução de Abril são recriados de forma acessível, com recurso a elementos reconhecíveis do quotidiano e, desta forma, tornados próximos do universo infantil.
Texto de Ana Margarida Ramos








sábado, 23 de abril de 2016

Para comemorar o dia da liberdade, sugerimos aqui livros digitais muito interessantes e ainda vários recursos sobre o 25 de Abril.  

Tema/Assunto: 25 de abril 
Tolerância, Diferença, Cidadania
Descrição: O Tesouro - De Manuel António Pina - Livro digital.
Um conto para os mais novos sobre a ditadura e o 25 de Abril de 1974.
Imagem

Sinopse
Plano Nacional de Leitura
Livro recomendado para o 3º ano de escolaridade destinados a leitura orientada na sala de aula - Grau de Dificuldade II. 


O Tesouro foi publicado pela primeira vez em 1994, pela Associação 25 de Abril e pela APRIL, com o alto patrocínio do Presidente da República de então, Dr. Mário Soares. Em 1999, nos 25 anos do 25 de Abril, O Tesouro deu origem ao premiado filme de João Botelho: Se a Memória Existe.

Esta narrativa breve, publicada, pela primeira vez, em 1994, pela Associação 25 de Abril e pela APRIL, com suaves ilustrações de Manuela Bacelar, foi reeditada, agora, com uma componente pictórica mais dominante e forte, da autoria de Evelina Oliveira. Trata-se de uma obra que tem como leitmotiv a Memória e um momento crucial da História recente: a Revolução dos Cravos. Num registo vivo e emotivo, pontuado pela metáfora, pelas estruturas enumerativas polissindéticas e pelas notações sensoriais, nomeadamente auditivas e visuais, Manuel António Pina ficcionaliza o antes, o durante e depois do 25 de Abril de 1974, deixando um apelo para que o «Dia da Liberdade» nunca deixe de ser lembrado e para que esse «País das Pessoas Tristes» não regresse. Deteta-se, neste conto, o cruzamento de um conjunto de binómios com importantes valências expressivas e simbólicas, designadamente: o estado de espírito “cinzento” das pessoas vs. o cenário “azul” que as envolve; a sua aparência fechada e silenciosa vs. a sua essência franca, aberta e dialogante; silêncio vs. canção; o passado vs. presente; o país das pessoas tristes vs. as terras dos visitantes; medo vs. coragem; opressão vs. liberdade; ditadura vs. democracia. 

Texto de Sara Reis da Silva Título: O tesouro Autor(es): Manuel António Pina, Evelina Oliveira (Ilustrador) Editora: Campo das Letras

O Tesouro, de Manuel António Pina 


Lê(relê) a história:


DICA:
Podes encontrar este livro na Biblioteca da Escola (Tema do Mês).

Também podes ler o livro online: entra aqui

sexta-feira, 22 de abril de 2016

Próximas iniciativas, relacionadas com os 
42 anos do 25 de abril, na biblioteca escolar




Entre as diversas iniciativas previstas, destacam-se:
A Biblioteca exibe, durante os dias 26 a 29 de abril, filmes e documentários de abril, do Centro de Documentação 25 de abril, intitulados “Caminhos da Liberdade”, “Memórias de Revolução”, “O Cravo da Liberdade”, DEUS, PÁTRIA, AUTORIDADE, A HORA DA LIBERDADE, entre outros.

-A narração de contos na BE, sobre o tema.  
-A criação de uma secção temática na página da BECRE, com disponibilização de diversos materiais digitais.
-A disponibilização de livros para circularem pelas escolas, relacionados com a efeméride;

O 25 de abril na Poesia Portuguesa
-Livros digitais relacionados com o 25 de abril;
-Canções de intervenção;
-Visualização de filmes;
-Textos Literários 25 de abril 1974;
-Exposições.


Vários recursos do 25 de abril:

http://ensina.rtp.pt/tag-artigo/25-de-abril-1974/

http://media.rtp.pt/blogs/ashorasdecisivasdeabril/#

http://ensina.rtp.pt/atualidade/cadernos-de-abril-toda-a-historia-da-revolucao/

http://ensina.rtp.pt/artigo/o-25-de-abril-num-minuto/

http://www1.ci.uc.pt/cd25a/wikka.php?wakka=anims32perguntas

http://www1.ci.uc.pt/cd25a/wikka.php?wakka=livrosbd




quinta-feira, 21 de abril de 2016

Abril, mês da Liberdade

Não há machado que corte
A raiz ao pensamento
Não há morte para o vento
Não há morte

Se ao morrer o coração
Morresse a luz que lhe é querida
Sem razão seria a vida
Sem razão

Nada apaga a luz que vive
Num amor num pensamento
Por que é livre como o vento
Porque é livre.
Carlos de Oliveira,
"O nosso amargo cancioneiro"



À descoberta do 25 de abril


Se quiseres testar os teus conhecimentos sobre o 25 de abril [Clica aqui]

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25 de Abril de 1974 - A revolução dos cravos
Naturalmente que já ouviste falar no 25 de Abril de 1974, mas provavelmente não conheces as coisas como os teus pais ou os teus avós que viveram nesta época.
Sabias que o golpe de estado do 25 de Abril de 1974 ficou conhecido para sempre como a "Revolução dos Cravos"? [Saber mais]

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Vamos homenagear “O 25 de abril”

A Equipa da Biblioteca e o Departamento de Línguas e Humanidades vão promover o Concurso de Quadras, Poemas, Banda Desenhada/Caricaturas sobre “O 25 de abril”.
O Concurso, inserido nas Comemorações do 42.º Aniversário do 25 de abril de 1974, visa homenagear a Revolução dos Cravos, numa perspetiva de festa pela ação libertadora, de luta pela realização dos seus ideais, desenvolver o gosto pela escrita e pela leitura. 
Cada concorrente poderá participar, com o máximo de duas quadras ou um poema, ou uma banda desenhada ou uma caricatura. Os trabalhos deverão ser entregues na biblioteca da escola até ao dia 29 de abril.

terça-feira, 19 de abril de 2016

Dia Mundial do Livro

No dia 23 de abril comemora-se o Dia Mundial do Livro. Poemas diferentes, sobre o livro ou a leitura, de poetas consagrados. 


As árvores e os livros
As árvores como os livros têm folhas
e margens lisas ou recortadas,
e capas (isto é copas) e capítulos
de flores e letras de oiro nas lombadas.
E são histórias de reis, histórias de fadas,
as mais fantásticas aventuras,
que se podem ler nas suas páginas,
no pecíolo, no limbo, nas nervuras.
As florestas são imensas bibliotecas,
e até há florestas especializadas,
com faias, bétulas e um letreiro
a dizer: «Floresta das zonas temperadas».
É evidente que não podes plantar
no teu quarto, plátanos ou azinheiras.
Para começar a construir uma biblioteca,
basta um vaso de sardinheiras.

Herbário, Jorge Sousa Braga

Era um sonho?
Eram lobos, grilos, corvos,
tartarugas, raposões,
bichas de sete cabeças,
unicórnios e dragões,
dromedários e chacais
e outros bichos que tais.
Eram fadas, bruxas, príncipes,
ogres, fantasmas, meninos,
labirintos e palácios,
minas, grutas e florestas.
Eram ilhas e desertos,
cidades do faroeste,
gelos eternos e selvas
e pirâmides do Egipto.
Mas também havia escolas,
casas ricas, bairros pobres,
esquadras, polícias, ladrões
e gente de muitas nações.
Viajei em aviões,
navios e foguetões,
em botas de sete léguas
e tapetes voadores.
Naveguei em caravelas,
desenterrei um tesouro,
naufraguei nos mares do sul,
vi escravos agrilhoados,
lutei com piratas, vilões
entre pragas, maldições.
Vi o Pinóquio e a Alice,
o Polegarzinho, o Ulisses,
o Simbad e o Ali Babá,
Cinderela, Peter Pan,
Iracema e Iratan,
o lindo Palhaço Verde,
a gorda Dona Redonda,
e a fina Salta-Pocinhas.
Vi a Emília e o Visconde,
Dona Benta, Narizinho, Capuchinho e a avozinha,
o Tom Sawyer, o Jim Hawkins
e a muleta de John Silver
Quando o sonho terminou
e as pálpebras abri,
tinha ao meu lado uma estante
com todos os livros que li.

João Pedro Mésseder


Levou-me um livro em viagem
não sei por onde é que andei
Corri o Alasca, o deserto
andei com o sultão no Brunei?
P’ra falar verdade, não sei

Com um livro cruzei o mar,
não sei com quem naveguei.
Com marinheiros, corsários,
tremendo de febres e medo?
P’ra falar verdade não sei.

Um livro levou-me p’ra longe
não sei por onde é que andei.
Por cidades devastadas
no meio da fome e da guerra?
P’ra falar verdade não sei.

Um livro levou-me com ele
até ao coração de alguém
E aí me enamorei –
de uns olhos ou de uns cabelos?
P’ra falar verdade não sei.

Um livro num passe de mágica
tocou-me com o seu feitiço:
Deu-me a paz e deu-me a guerra,
mostrou-me as faces do homem
– porque um livro é tudo isso.

Levou-me um livro com ele
pelo mundo a passear
Não me perdi nem me achei
– porque um livro é afinal…
um pouco da vida, bem sei.

O G é um gato enroscado, João Pedro Mésseder


Ler
Ler sempre.
Ler muito.
Ler “quase tudo”.
Ler com os olhos, os ouvidos, com o tacto, pelos poros e demais sentidos.
Ler com razão e sensibilidade.
Ler desejos, o tempo, o som do silêncio e do vento.
Ler imagens, paisagens, viagens.
Ler verdades e mentiras.
Ler o fracasso, o sucesso, o ilegível, o impensável, as entrelinhas.
Ler na escola, em casa, no campo, na estrada, em qualquer lugar.
Ler a vida e a morte.
Saber ser leitor, tendo o direito de saber ler.
Ler simplesmente ler.

Edith Chacon Theodoro


Os Meus Livros
Os meus livros (que não sabem que existo)
São uma parte de mim, como este rosto
De têmporas e olhos já cinzentos
Que em vão vou procurando nos espelhos
E que percorro com a minha mão côncava.
Não sem alguma lógica amargura
Entendo que as palavras essenciais,
As que me exprimem, estarão nessas folhas
Que não sabem quem sou, não nas que escrevo.
Mais vale assim. As vozes desses mortos
Dir-me-ão para sempre.

A Rosa Profunda, Jorge Luis Borges


Os livros
Apetece chamar-lhes irmãos,
tê-los ao colo,
afagá-los com as mãos,
abri-los de par em par,
ver o Pinóquio a rir
e o D. Quixote a sonhar,
e a Alice do outro lado
do espelho a inventar
um mundo de assombros
que dá gosto visitar.
Apetece chamar-lhes irmãos
e deixar brilhar os olhos
nas páginas das suas mãos.

Pela casa fora, José Jorge Letria


Um livro é uma casa grande, com todos os quartos que quisermos ocupar e que está implantada no lugar do mundo que mais nos convier.
Um livro é um espelho onde nos podemos ver mas com corpo de homem, ou de mulher, de cor negra, ou branca ou aos quadradinhos, com cabelo ruivo ou louro ou de todas as cores.


Um livro é uma fonte de água muito límpida e muito fresca que nos mata a sede à hora que quisermos.
Um livro é uma árvore que nos dá a sombra e nos mostra as raízes diversas que povoam o chão.
Um livro pode ser uma travesseira ou um bálsamo.
Um livro pode ser um despertador mais estridente que os mais sibilantes despertadores.
Um livro pode levar-se para toda a parte – até para a banheira – e, muitas vezes agarra-se à pele de quem o lê e nunca mais na vida é capaz de o esquecer.
Um livro é o ser mais paciente do mundo. Espera por um leitor a vida inteira.
Não lêem livros os desafortunados que nunca tiveram a oportunidade de provar os sabores do sonho, da sabedoria e da vida.
Senhor, tende piedade deles!

José Jorge Letria

Abre-se o livro
Em qualquer página
E cabe nele um dia ou um ano,
Cabe nele a sabedoria,
O romance e a poesia,
Cabe nele o conhecimento;
E a luz que nem o pensamento;
Cabe nele tudo o que somos,
Desde que gostemos de ler,
Porque ler é aprender,
Sendo também liberdade e prazer;
Cabe nele o mundo inteiro,
Escrito em computador
Ou com tinta de um tinteiro,
E de tudo isso falará neste dia
O leitor verdadeiro,
Que do livro, quer ser livre,
Será sempre amigo e companheiro.

José Jorge Letria, O Livro dos Dias