No dia em que Portugal viveu tantos dias em democracia como em ditadura, 23 de março de 2022, os alunos das escolas portuguesas foram votar nos seus livros preferidos. Eis algo que seria impossível há 50 anos. São as eleições de ‘Miúdos a Votos: quais os livros mais fixes?’, uma iniciativa da VISÃO Júnior e da Rede de Bibliotecas Escolares que se realiza este ano pela sexta vez.
Não haveria melhor maneira de comemorar a passagem da ditadura para a democracia em Portugal: no dia seguinte, 24 de março, o nosso país passou a viver mais dias em democracia do que em ditadura e arrancaram as comemorações dos 50 anos do 25 de Abril, ou seja, da revolução que pôs fim à ditadura.
Em ditadura, nunca poderia haver ‘Miúdos a Votos’, pois este projeto inclui duas coisas de que os ditadores não gostam muito: livros e cidadania. Antes do 25 de Abril, havia censura: nem todos os livros podiam ser publicados em Portugal. As pessoas não podiam expressar livremente a sua opinião, o que quer dizer que nunca seria possível fazer campanha eleitoral. Além disso, não eram permitidos todos os partidos políticos, o que, transportando isso para ‘Miúdos a Votos’, quer dizer que só haveria um único livro a votos…(Texto daqui)
Apresentamos de seguida os resultados das votações, quais os livros mais fixes para os alunos da Escola Básica de Santa Cruz da Trapa.
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