quinta-feira, 21 de junho de 2012

10 de junho - Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas


O Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas celebra-se a 10 de junho, para assinalar a morte do nosso ilustre Luís Vaz de Camões, falecido a 10 de junho de 1580.

De 1933 até abril de 1974, o regime de Salazar deu outro significado ao 10 de junho, que passou a ser celebrado como o Dia da Raça (raça lusitana ou dos portugueses), com o propósito de exaltar a originalidade da raça portuguesa.

Desde a Revolução dos Cravos, esta data voltou a ter o seu significado original. É um dia assinalado não só em Portugal, mas também pelo mundo fora, entre as comunidades portuguesas a residir no estrangeiro.

 


Luís de Camões não é, como tu sabes, o único símbolo de Portugal. A nossa bandeira e o hino também representam a nossa nacionalidade.



A BANDEIRA












Com a instauração da República, um decreto da Assembleia Nacional Constituinte, datado de 19 de junho de 1911, aprovou a bandeira nacional, que substituiu a bandeira da Monarquia Constitucional.


Conheces o significado da nossa bandeira?
O VERMELHO é a cor da força, da coragem e da alegria e faz lembrar o sangue derramado pelos portugueses nas batalhas em que participaram.

O VERDE é a cor da esperança e foi escolhida para consagrar a Revolta de 31 de janeiro de 1891.

O BRANCO, ao centro da bandeira, é a cor da simplicidade, da harmonia e da paz. Assinala também o ciclo épico das nossas descobertas marítimas.
A ESFERA ARMILAR era o emblema pessoal de D. Manuel I, e ficou desde então na heráldica (conjunto de emblemas; brasão) nacional. Encontra-se na bandeira aprovada pelo Regime Republicano em homenagem aos Descobrimentos.
 


O ESCUDO  DE ARMAS remete para a fundação da nacionalidade. As Quinas representam os 5 reis mouros que D. Afonso Henriques derrotou, na Batalha de Ourique.
 Os CASTELOS representam  as praças conquistadas aquando da fundação da nacionalidade.

O HINO NACIONAL

Sabias que a música foi composta por um senhor chamado Alfredo Keil e a letra é da autoria de Henrique Lopes de Mendonça?

Se quiseres ouvir o hino e, porque não..., cantar.

Para saberes mais sobre o 10 de junho, o seu significado e sobre os símbolos de Portugal, podes consultar a página:  http://www.junior.te.pt/servlets/Rua?ID=209&P=Portugal


SIMBOLOGIA DA BANDEIRA PORTUGUESA
Desde os primórdios da Fundação de Portugal até ao fim do regime monárquico, foram inúmeras as bandeiras que tivemos. Cada um dos reis foi sempre escolhendo um símbolo representativo diferente. Dado que, uma vez mais, este é um tema vastíssimo para abordar aqui no blog limitar-me-ei a falar apenas da bandeira actual.

Foi esta bandeira, instituída em novembro de 1910, pouco depois da implantação da República em Portugal (5 de outubro. de 1910).Houve um grande debate para decidir se iriam manter-se as cores azul-branco da monarquia ou se adoptaria o verde-vermelho do Partido Republicano Português. Prevaleceu como já adivinharam a mudança de cores para a nova bandeira, tendo sido a mesma criada e desenhada por Columbano Bordalo Pinheiro, João Chagas e Abel Botelho.
Em 30 de junho de 1911 fez-se então o seu anúncio oficial. Seguidamente, foram logo confeccionadas em larga escala e distribuídas por todo o país para, logo, serem hasteadas em todas as repartições no dia 1 de dezembro, feriado, que se tornou, na altura, o Dia da Bandeira.

Embora tivesse havido quem discordasse da forma como todo este processo se desenrolou, o certo é que, ainda hoje, é este o símbolo considerado nacional.

A bandeira é rectangular (2:3), bipartida de verde e vermelho, ocupando a primeira cor ( a que fica junto à haste) dois quintos da largura e a segunda cor os restantes três quintos. Centrado na divisão o Brasão da República, constituído pelo escudo, em formato “português”, sobreposto a uma esfera armilar, cujo diâmetro deve ser igual a metade da altura da bandeira.

Naquilo que me pareceu essencial encontrei uma certa uniformidade. Noutros pormenores há ligeiras diferenças entre os vários autores que consultei..

Posto isto, aqui vai o que pesquisei, quando ao significado das cores e demais elementos que compõem a nossa bandeira:

-Cor Verde: O verde no ideário positivista e republicano (Sec.XIX e XX), simboliza as nações que são guiadas pela ciência. Na versão popular, simboliza a esperança no futuro.

-Cor Vermelho rubro: O vermelho é a cor das revoluções democráticas que, desde o Sec. XVIII percorreram a Europa, como a revolução de 1848, a Comuna de Paris (1871) ou a revolução republicana em Portugal, de 31 de janeiro de 1891. Simboliza a luta dos povos pelos grandes ideais de Igualdade, Fraternidade e Liberdade. Na versão popular simboliza os sacrifícios do povo português ao longo da sua história; a coragem e o sangue dos portugueses mortos em combate.

 -Esfera armilar: Emblema do rei D. Manuel I, “O Venturoso”, (1469-1521) e que desde então se manteve presente nas bandeiras de Portugal. É amarela, orlada a preto e simboliza o Universo e a vocação universal dos portugueses. Na versão popular simboliza os descobrimentos portugueses, o mundo que os navegadores portugueses descobriram nos Sec XV e XVI e os povos com quem trocaram ideias e comércio.

-Escudo: O Escudo de Armas, em encarnado, remete para a fundação de Portugal. Simboliza a afirmação da cultura ocidental no mundo e, em particular, dos seus valores cristãos. Os castelos, as quinas e os besantes evocam conquistas, vitórias e lendas ligadas à fundação de Portugal por D. Afonso Henriques, “O Conquistador”(1109-1185).

- As 5 quinas azuis simbolizam os 5 reis mouros que o mesmo D. Afonso Henriques venceu na Batalha de Ourique.

- Os pontos brancos dentro das quinas, também denominados besantes, simbolizam as 5 chagas de Cristo. Uma lenda conta que Jesus Cristo apareceu a D. Afonso Henriques, antes da Batalha de Ourique e lhe terá prometido a vitória. Contando as chagas de todas as quinas e duplicando as da quina do meio, encontramos a soma de 30, representando os 30 dinheiros que Judas recebeu por ter traído Cristo.

- Os 7 castelos, de cor amarela, simbolizam as localidades fortificadas que o nosso primeiro rei conquistou aos mouros.

Muito sucintamente é isto que, no seu conjunto, representa pois a nossa Bandeira Nacional.

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